quinta-feira, 26 de abril de 2012

ARTE GARAPA - Show Taiguara - apresentação - RICARDO NOGUEIRA

 MÚSICA NO PONTO

show
TAIGUARA - seus sonhos e suas cações

apresentação
RICARDO NOGUEIRA

músicos convidados
SAMUEL GUSTINELI
WAGNER SILVA

realização
PONTO DE CULTURA ARTE GARAPA

Lançamento do Livro de Contos "Pankada"

PONTO ARTE GARAPA

Lançamento do Livro de Contos "Pankada"

DATA:  27 de Abril de 2012

HORARIO:  20 horas


Apresentação do monólogo "O Homem Com A Bala Na Mão" 


REALIZAÇÃO - Ponto de Cultura Atyer Garapa

O HOMEM COM A BALA NA MÃO

Este texto é o responsável por minha ausência neste blog. 2007 foi um ano que jamais me esquecerei, só espero não passar por nada parecido de novo. Fiquei sem grana nenhuma, não aparecia trampo, nada. Durante um mês descia todos os dias no supermercado e comprava 3 pães. Comia um de manhã, outro a tarde e o último a noite. Parecia que não ia acabar nunca. Já passei por perrengues e perrengues, mas este veio de surpresa e por isso marcou tanto. Como “1933 Foi Um Ano Ruim” do Fante. Não tinha a quem recorrer e nem pra onde ir. Sempre que me trancava no quarto chorava pra cacete, me sentia um derrotado e vinha a merda da vontade de pular pela janela. Um dia cheguei a sentar nela, por sorte o brother que dividia o apê comigo na época apareceu e me segurou. 

Só depois de muito tempo vi a merda que tava fazendo, não sei se ia soltar o corpo ou não. Não sei mesmo, mas eu tava lá a ponto de desistir de tudo de um jeito ou de outro. Meus pensamentos começaram a me perturbar muito e então resolvi escrever sobre isso, numa tentativa de salvação. Tinha um pouco de medo do que eu pudesse fazer, involuntariamente. Sempre insisto em dizer que não temos noção do que somos capazes.
Ficava me perguntando, o que passa na cabeça de um sujeito minutos antes de dar cabo da vida? Me liguei que somos todos suicidas em potenciais. Mas porque uns chegam ao ponto de e outros não? São corajosos ou covardes? Perguntas do senso comum, que sempre nos acompanham. Foi então que me fechei e comecei pesquisar sobre tudo relacionado, já sabendo que nunca teria uma resposta exata, mas talvez pudesse chegar próximo, ou descobrir outras coisas. 

Com o tempo tudo isso foi me aliviando, mas num determinado momento, comecei desanimar, por achar já um assunto gasto e vi que não ia dar em nada, então convidei dois amigos pra me ajudar escrever, mas por razões próprias, ou desinteresse do assunto na época, não rolou. Quase desisti com isso, tava foda. Foi então que resolvi ir ainda mais afundo nas pesquisas e tentar mais uma vez. Comecei abrir a idéia pra algumas pessoas e elas iam me indicando coisas e coisas.

Conheci irmãos, pais, amigos de suicidas que também foram me ajudando. Descobri histórias e histórias, como a do Vinicius Gageiro Marques, conhecido como Yoñlu no mundo virtual que se suicidou com a ajuda de pessoas que freqüentam um fórum na internet com esse intuito. Estava com a webcam ligada e as pessoas assistiram. Vi um maluco que se jogou do prédio atrás do meu trampo. O corpo ficou lá estatelado o dia todo, com uma arma no chão e os miolos espalhados. Teve outro que estourou um rojão na boca, também do lado do meu trampo etc. Como o tempo percebi que isso tava pesando e novamente quis desistir. Puta assunto punk pra se pesquisar. Começou bater depressão e a porra toda. De não conseguir sair da cama, tomar banho etc. 

Deixava tudo jogado no quarto, não tinha vontade de arrumar nada. Contei como estava pra uns amigos e disseram que parecia ser depressão mesmo. Preocupado comecei procurar psicanalista público, mas assim que consegui acabar o primeiro tratamento do texto me senti melhor e tive certeza que era isso que tava me fodendo, daí me poupei de gastar uma grana se fosse preciso e tempo. Li muito sobre depressão. Sempre achei que fosse doença de rico, mas tem pessoas que nascem com uma disfunção cerebral, onde ele não consegue produzir serotonina e então, tem que passar a vida tomando remédios. Pensei que tivesse isso. 

Enfim, aprendi pra cacete sobre o assunto e consegui escrever o texto. Claro, impossível fugir do senso comum com um tema deste, mas imprimi meu ponto de vista, fruto desse monte de coisas que pesquisei, por um pouco mais de um ano. Quando estava fechando-o, me ausentei daqui. Agora me ausento pra decorá-lo. É coisa pra cacete e como escrevi milhões de versões, na hora de decorar confundo tudo. 

Espero estréia-lo este ano ainda em São Paulo. Primeiro vou viajar pelo interior pra tentar levantar uma grana. Não consigo esperar projetos, leis etc, prefiro ir fazendo. Se der certo até o fim do ano espero que meus amigos daqui possam assistir. “O HOMEM COM A BALA NA MÃO.” Tem muita gente que me ajudou depois do primeiro tratamento lendo-o e dando opiniões e tem algumas pessoas me ajudando nesta nova empreitada. Valeu.




terça-feira, 17 de abril de 2012

ENSAINDO UM PAÍS MELHOR








SHOW - Taiguara - seus sonhos e suas cações

 PONTO ARTE GARAPA


SHOW

 -  Taiguara    -    seus sonhos e suas cações

A música popular brasileira em uma única sigla, MPB, reúne samba, bossa nova e até rock and roll. 

Com essa linha de pensamento, o cantor Ricardo Nogueira faz de seu repertório um leque de opções para ouvir e cantar junto. 

O músico apresentara no Ponto de Cultura Garapa uma seleção especial  de canções que compuseram o repertório de um dos mais lembrados interpretes da MPB. 


SOBRE TAIGUARA ( resumo)

Considerado um dos símbolos da resistência à censura durante a ditadura militar brasileira, Taiguara foi um dos compositores mais censurados na historia da MPB, tendo cerca de 100 canções vetadas.


Em 1975, voltou ao Brasil e gravou o Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara com Hermeto Paschoal, participação de músicos como Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelenbaum, Novelli, Zé Eduardo Nazário, Ubirajara Silva e uma orquestra sinfônica de 80 músicos.

O espetáculo de lançamento do disco foi cancelado e todas as cópias foram recolhidas pela ditadura militar em poucos dias. Em seguida, Taiguara partiu para um segundo auto-exílio que o levaria à África e à Europa por vários anos.

Quando finalmente voltou a cantar no Brasil, em meados dos anos 80, não obteve mais o grande sucesso de outros tempos, muito embora suas músicas de maior êxito tenham continuado a serem relembradas em flashbacks das rádios AM e FM.
 
Morreu em 1996 devido a um persistente câncer na bexiga.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Cine Garapa apresenta o documentário "Palavra (En)cantada"

Palavra (En)cantada, documentário dirigido por Helena Solberg, discute a relação entre música e poesia no Brasil
Em um país com uma forte cultura oral como o Brasil, a música popular pode ser a grande ponte para a poesia e a literatura. O interesse em promover o debate e a reflexão sobre esse tema foi o ponto de partida do novo filme de Helena Solberg: o documentário Palavra (En)cantada. Dois anos depois de muita pesquisa e a filmagem de entrevistas em maio e junho de 2007, o longa chega aos cinemas em março de 2009.


O filme conta com a participação de Adriana Calcanhotto, Antônio Cícero, Arnaldo Antunes, BNegão, Chico Buarque, Ferréz, Jorge Mautner, José Celso Martinez Correa, José Miguel Wisnik, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Lenine, Luiz Tatit, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Paulo César Pinheiro, Tom Zé e Zélia Duncan. A maioria das entrevistas foi feita em casa e alguns deles cantaram e tocaram canções especialmente para o documentário, fato que realça a atmosfera intimista do longa-metragem.


Logo após a exibição haverá um bate-papo com profissionais convidados das áreas de lingüística, literatura e filosofia...

Contamos com a sua presença!
 
Garapeiros do Ponto